Woodstock

São vários os elementos que nos remetem ao tempo de paz e amor. E o último desfile da noite do Fashion Rio confirmou a tendência. Alessa levou o universo mágico e esotérico à passasela, ao som de Telurica, da Baby do Brasil, antes, Baby Consuelo. Foi a chave que faltava para o espírito hippie baixar na moda, depois do jardim de verdade de Maria Bonita Extra, com grilos, grama de verdade e cheiro de capim-santo, e de outros tantos que vêm se apresentando. Vamos a 5 itens que fundamentam tal tendência: 

Vestidões: Eles são quase unipresentes nas passarelas cariocas. Vem soltos, amplos e de tecidos fluidos. Aparecem com babados e plissados. Caftãs, túnicas, pantalonas e tudo que possa ser esvoaçante estão por aí. 

Étnico: O mundo sabe que a onda hippie, do fim dos anos 1960 que invadiu a década seguinte valorizava os produtos naturais e o artesanato. E o que a gente tem visto por aqui? Bordados, crochês, tricôs e tramas se juntam a aplicações de miçangas, pedrinhas e enfeites de madeiras. Tais elementos aparecem tanto nas roupas quanto os acessórios. É o apelo étnico da contracultura daquela época, que busca referências de países distantes e singulares, como o então distante Afeganistão. 

Estampas: Os florais invadem as roupas, tanto masculinas quanto femininas. Grandes e pequenas enfeitam qualquer tipo de peça. Muitas vezes vêm num tipo de patchwork com outras estampas ou texturas. Tem coisa mais anos 1970? E os desenhos tipo tie-dye que também tem sido vistos por aí, então? 

Tamancos: Anabela, com plataforma, mais baixos ou mais altos, com salto de madeira e cabedal de couro ou tecido. Não precisa dizer mais nada não é. E tem também as sandálias baixas, com tiras amarradas. Túnel do tempo total. 

Acessórios: Grandes, coloridos e colocados uns sobre outros. Bem dentro da onda do étnico comentado acima. Vale o artesanal, feito à mão de verdade, com elementos vindos da natureza e a criatividade solta. Na cabeça, os chapéus de crochê com abas, além de bolsas que surgem com o mesmo material. Resumo da ópera: bem-vindo a Woodstock. 

Por Rosângela Espinossi